LOUVA DEUS

Classe Hexapoda
Ordem Orthoptera
Sub-ordem Caelifera
Super-família Eumastacoidea
Família Proscopiidae
Gênero Cephalocoema
Espécie Cephalocoema sp

Os proscopiídeos, também conhecidos como manés-magros, são bem característicos por apresentarem o corpo delgado, lembrando a forma de um graveto.
No entanto, os proscopiídeos não são bichos-paus! Ao contrário dos verdadeiros bichos-paus, que pertencem à ordem Phasmatodea, os proscopiídeos são gafanhotos, e apresentam a cabeça bastante alongada, as antenas curtas e as pernas posteriores modificadas para o salto.
Corpo e Pernas compridos; as pernas, muito finas, próprias para marchar não para saltar. Confunde-se facilmente com galinhos, hastes, gravetos e ramos secos. Usa essa semelhança para se proteger: quando percebe uma presença indesejável, pára de andar e fica balançando ritmicamente o corpo, como se fosse uma haste ao vento. Pode também ficar imóvel por várias horas. Algumas espécies têm asas, que, porém, são ausentes na maioria. Todas têm cabeça curta e antenas longas.
O macho é menor do que a fêmea, e a cavalga na hora da cópula. Em seguida, a fêmea põe cerca de 150 ovos parecidos com sementes de capim. Durante dez meses, as larvas nascidas dos ovos vão aos poucos tomando forma de adultas.
No Brasil, vivem cerca de 800 espécies das famílias dos fasmídeos, que se alimentam de plantas silvestres e não saem da mata - por isso, não representam perigo para a lavoura. Os maiores entre nós são o Bactridium grande, com 26,5 cm, e a Otocrania aurita, de 24,5 cm (estes são os tamanhos das fêmeas; os machos costumam ser bem menores e mais raros também).
Insetos da família Proscopiidae, popularmente denominados de taquarinhas ou manés-magros, pertencem à super-família Proscopoidea, cujos representantes são originários e exclusivos da América do Sul (Ferreira 1978), onde são de ocorrência endêmica (Amédégnato 1985). No Brasil, a ocorrência de Proscopiidae pragas era conhecida somente nos gêneros Cephalocoema Serville (Silva et al. 1957, Launois 1984a, LeCoq 1986), Proscopia Klug (Silva 1962, 1966) e Stiphra Brunner (G.P. Arruda & E.P. Carvalho, não publicado, Moraes 1982, Souza et al. 1983), estes relatados basicamente no Nordeste, atacando plantas nativas e outras cultivadas, como árvores frutíferas. Tetanorhynchus ocorre na região central da América do Sul, com espécies conhecidas na Bolívia, Paraguai e Brasil, porém não se conhecendo nenhuma de importância econômica